Descrição
Este livro, parte do processo de construção coletiva do feminismo camponês popular, dá destaque ao protagonismo das trabalhadoras rurais na construção de novas relações sociais e de novos seres, mulheres e homens, que vivam com respeito entre si e para com a natureza. Na contextualização da questão agrária brasileira, a análise desnuda o acirramento das contradições inerentes ao controle atual dos oligopólios transnacionais que compõem o agronegócio sobre todo o complexo agroalimentar e o pauperismo de milhares de famílias camponesas e, sobretudo, das mulheres. As autoras denunciam a dupla opressão que sofrem as camponesas: como mola de amortecimento final da superexploração que pesa sobre toda a classe trabalhadora em um país dependente e subdesenvolvido da periferia do capitalismo global; e como mulher. A auto-organização das mulheres do MST nos assentamentos de reforma agrária do norte do Espírito Santo é articulada assim com a luta por soberania alimentar.